chegado salvador
o messiânico da noite
refluxo
a garganta arde
pra que voltar pra casa?
quem disse que eu não tenho asa?
9h em ponto na praça
topo os conhecido
descontração
o sogrão dela tava lá
enchendo o saco do bebim que batucava na mesa
(minha cabeça tá balão até agora) é o dia pro outro
o chegado derruba a cerveja inteira
a primeira
foi pro santo
foi pro saco
e o sertanejão rolando forte
os perdidos se encontram
deu o pião no aeroporto
desnorteado giro
contínua peleja
costurar as ruas do centro
os becos
botecos
mais cerveja
gosto de pensar no lado romanesco
na chuva fina que despenca
os menestréis mofados
exalando aquele perfume gorduroso
"qual é o seu nome?"
- meu nome é trezentos conto
garupa da biz
"onde cê mora?"
pega a marginal e vai embora
impregnado pelo costume
sem vergonha
de entornar recreios e rabiscos
fiz mais um amigo hoje!
terça-feira, 9 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
04/04 = 08 meses
Antes, nem era tudo isso que é hoje.
Já era h-ora! O tempo é agora!
Explosão infantil dentro de carcaça velha, quando a poeira abaixa sobra merda pra todo lado.
A consciência ralha:
- seu bosta rala!
Durante a caminhada para o surto, nunca tirei da mira a estética.
Dizem por aí que ela venceu a ética.
Então, me deixa cambalear com classe, aquela classe sôfrega de quem foi assaltado e teve o carro (propriedade de luxo popular) levado por mãos intempestivas. Vigésima sexta prestação das 60 parcelas do financiamento. Roubado na porta do banco porque foi pagar a vigésima sétima infeliz prestação. Não havia seguro e o segurança do banco não pode fazer nada.
"é culpa do sistema"
Depois vem a mãe da gente. Quando a gente tem mãe de verdade é outra história, é-ter uma heroína em casa, e abraça, e diz assim: "você podia tanto estar tomando uma belo café da manhã (sacou?) ao invés de tomar esse sal de Andrews com Engov logo cedo". A voz fluida como um rio perene, um Tocantins vocal. Conversa em outro dialeto, é o dialeto desleitado das mães desapontadas.
- A lua fica (É) sempre mais bonita quando se está matando a sede sem moderação. Ela deixa de ser somente satélite, não é, mané?!
O impulso explosivo do desejo abortado machuca tanto quanto borboletas no estômago. Faz cócegas até a morte.
Qual é a confusão desencadeadora?
Cheguei na porta da percepção ontem a noite (de atalho). Estava trancada. O que fiz em seguida?
Consegui! Usurpei da imbecilidade cósmica.
Fiquei esperando na calçada do jardam alguém aparecer pra abrir a porta.
- Nada aconteceu, mas tudo mudou.
Foi quando percebi que eu já estava dentro, e não fora como pensava.
Pensar pra fora!
Isso sim é o dom divino.
No entanto, a providencia divina termina onde começa o acaso. E nem dá pra dizer onde termina uma e começa outra.
Acaba mal acabado.
- Homem: matéria prima do caos.
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