domingo, 1 de dezembro de 2013

atleticat

nA-ída, ônibus pro campus, "integração", centro de baixo de pé d'água
hoje é dia de serra dourada, faça chuva, faça sol
a chuva apertou, eu soltei

latão na mão
jatos d'água me atravessam por todos os lados
a praça cívica está para os motoristas de goiânia assim como interlagos na F-1

no cruzamento do cepal do st. sul topo com o ônibus do atlético
desço no ponto do serra, o ônibus do dragão está parado do lado, esperando o sinal verde
mando aquela energia positiva pros jogadores, bato no peito e digo "tamo junto!"
o motorista do dragão buzina pra mim. é o sinal verde pra festa

na entrada, ingresso na mão de cambista, cincão até que eu pago pra ver
o latão na porta do estádio é cinco conto, mas tem o tal do valor agregado
sento na tendinha que tá rolando um som ao vivo e um churrasco
tem o cara tocando o cavaquinho, mandando muito, um sucesso no rabo do outro
a música agrega a gente
logo tinha uns quinze em volta da nossa mesa
um já foi no carro e pegou o violão, deu pro outro, o outro já falou pro cara do cavaquinho puxar um modão, o outro da perna mecânica falou comigo "isso aqui tá parecendo a lapa! eu sou de lá"
o cara do violão tocando almir sater, o cara do cavaco dibuiando
pagode com seresta, trilha sonora da festa
misturas do meu brasil, tipo psycho killer remix

entro no serra
o impacto de sempre
monumentos carregam energias históricas
choveu tanto que com a água acumulada dava pra jogar uns jacarés dentro daquele velho fosso,
o serra vira o castelo medieval onde o dragão impera

sanduíche grego, bar do gaúcho
embaixo das arquibancadas a jovem torcida dragões faz o esquenta antes da partida
eu lembro da igreja e de seus hinos de adoração
compro mais uma cerveja
perto de mim tem uma família inteira de atleticanos se jogando sal grosso
entro na onda e tomo um banho de sal grosso também
tudo é válido, tudo é festa, catarse pura
afinal, só a vitória interessa hoje
dos derrotados, dos excluídos, dos esquecidos, a história os recuperará em algum discurso, algum dia

a partida é emocionante do início ao fim
gol anulado, bola na trave, gol no fim do segundo tempo
o dragão vence na serra dourada
os sentimentos extrapolam limites

final de copa do mundo
permanecemos na série b






sexta-feira, 25 de outubro de 2013

calçada da fama

transitava

era o fim da noite

pop shove it

na base

-ela pediu pra trazer comida na volta

(comprou um espetim de coração)


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

a balada

o esqueitista, punk, trompetista com foda-se tatuado no pescoço, comendo um pacote família de batata industrializada me cumprimenta de boca cheia

- comer é bão demais!

- comer é a segunda melhor coisa do mundo

- a primeira é comer, a segunda é comer

- e a terceira é viajar

- e a quarta é viajar!


as quatro melhores coisas do mundo são comer e viajar


paga o taxi, abre a porta do quarto e deita na cama super king size ao lado da mãe viúva

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

sobre colhões e arranhões

haja imaginação


aja



- fico com a segunda espécie de vingança, Nietzsche

 (a restauração torna-se tangível)



haja imaginação


aja









segunda-feira, 19 de agosto de 2013

servente de pôéteiro

                             materializa


poesia concreta                           poesia concreta


                             materializa

terça-feira, 16 de julho de 2013

engrandecimento

- obrigado



- por nada

segunda-feira, 10 de junho de 2013

ih, caiu!

a corda

arrebentada


de tanto

ser usada






- valeu, bigode!

terça-feira, 9 de abril de 2013

onde os perdidos se encontram

chegado salvador
o messiânico da noite

refluxo
a garganta arde

pra que voltar pra casa?
quem disse que eu não tenho asa?

9h em ponto na praça
topo os conhecido

descontração

o sogrão dela tava lá
enchendo o saco do bebim que batucava na mesa

(minha cabeça tá balão até agora) é o dia pro outro

o chegado derruba a cerveja inteira
a primeira

foi pro santo
foi pro saco

e o sertanejão rolando forte

os perdidos se encontram

deu o pião no aeroporto
desnorteado giro

contínua peleja

costurar as ruas do centro
os becos
botecos
mais cerveja

gosto de pensar no lado romanesco
na chuva fina que despenca

os menestréis mofados
exalando aquele perfume gorduroso

"qual é o seu nome?"
- meu nome é trezentos conto

garupa da biz

"onde cê mora?"
pega a marginal e vai embora

impregnado pelo costume
sem vergonha
de entornar recreios e rabiscos

fiz mais um amigo hoje!




quinta-feira, 4 de abril de 2013

04/04 = 08 meses

Antes, nem era tudo isso que é hoje.
Surtei, e daí?!
Tive meus momentos de inlucidez, sim.
Quero dizer, "eu sou assim mesmo", normal, mas, minha consciência grita comigo, ela fala gritando comigo agora, (sabia?)(... e eu falo com ela também, as vezes até em voz alta).
Já viu mudo falar? Eu conheço um que fala.

Já era h-ora! O tempo é agora!

Explosão infantil dentro de carcaça velha, quando a poeira abaixa sobra merda pra todo lado.

A consciência ralha:
- seu bosta rala!

Durante a caminhada para o surto, nunca tirei da mira a estética.
Dizem por aí que ela venceu a ética.

Então, me deixa cambalear com classe, aquela classe sôfrega de quem foi assaltado e teve o carro (propriedade de luxo popular) levado por mãos intempestivas. Vigésima sexta prestação das 60 parcelas do financiamento. Roubado na porta do banco porque foi pagar a vigésima sétima infeliz prestação. Não havia seguro e o segurança do banco não pode fazer nada.

"é culpa do sistema"

Depois vem a mãe da gente. Quando a gente tem mãe de verdade é outra história, é-ter uma heroína em casa, e abraça, e diz assim: "você podia tanto estar tomando uma belo café da manhã (sacou?) ao invés de tomar esse sal de Andrews com Engov logo cedo". A voz fluida como um rio perene, um Tocantins vocal. Conversa em outro dialeto, é o dialeto desleitado das mães desapontadas.

- A lua fica (É) sempre mais bonita quando se está matando a sede sem moderação. Ela deixa de ser somente satélite, não é, mané?!

O impulso explosivo do desejo abortado machuca tanto quanto borboletas no estômago. Faz cócegas até a morte.

Qual é a confusão desencadeadora?

Cheguei na porta da percepção ontem a noite (de atalho). Estava trancada. O que fiz em seguida?

Consegui! Usurpei da imbecilidade cósmica.

Fiquei esperando na calçada do jardam alguém aparecer pra abrir a porta.

- Nada aconteceu, mas tudo mudou.

Foi quando percebi que eu já estava dentro, e não fora como pensava.

Pensar pra fora!

Isso sim é o dom divino.

No entanto, a providencia divina termina onde começa o acaso. E nem dá pra dizer onde termina uma e começa outra.

Acaba mal acabado.

- Homem: matéria prima do caos.

segunda-feira, 11 de março de 2013

sequência de desencontros marcados





as minúcias ficam por conta da memória tardia.
difícil lembrar bem de quando começou.

teve a ligação do Pedrão Queridão.
chamei ele pra conhecer o sebo onde trabalho.
ficamos lá a tarde toda ensebando, conversando potocas sebosas enquanto ouvíamos músicas sebosas dos anos 90.
desde quando mudou pra Peixe não nos encontrávamos.
fazia dois meses que a gente não se via.
estava afim de presenteá-lo com aquele livro que fala das origens de Roma, ou de quem vai até Roma sem boca.

depois de ensebado, fomos pro Etnias.
lá, um clima bom de água corrente artificial, som ambiente, muito verde, cerveja gelada e comida sem gordura.

teve a ligação da Margot.
fomos pro Glória.

atendemos ao chamado com o coração na boca.

no Glória, encontrei Lilith, vulga skinhead violence.
chapamos.
entre vários chopps, cachaças e cigarros, Lilith propôs que fôssemos num show do cara que toca banjo.
saímos em fila de carros.
lilith na frente, Margot atrás, Pedrão e eu no fim da fila.
nos perdemos delas.
o som dentro do carro estava no talo, Lou Reed, #fly, #fly away.

a Margot ligou pra gente, parecia meio grilada com a situação.
conseguimos nos encontrar novamente depois de algum tempo.
o show já havia terminado.

a Margot começou a discutir.
o vidro da porta do motorista quebrou em mil pedaços.
Pedrão Perdidão, a Margot continuou grilada.
deixei os dois lá batendo aquela DR, e fui com Lilith prum bar chamado The Piper at the Gates of Dawn.

nesse lugar, esqueci de todos os meus fustigamentos.
estavam presentes na mesma mesa, Cretina Volpato - cantora lírica, Romeno Silvério - maestro da orquestra abstrata, Lilith e eu.
acho que tinha mais alguém, não me lembro, talvez fosse o encosto - da cadeira.

pedi uma rodada de tequila pra todo mundo do bar.
todo mundo do bar se concentrava na nossa mesa.

aqui, é quando me recordo da luxúria de Lilith.
reluzente, envolvente, atraente, contundente, enfim...
uma verdadeira serpente.

deu o bote, tomou o capote.
chapei de acordo.
dentre as trocas de ideias, sobraram farpas carinhosas pra todo lado.

na hora de ir, embora embriagado, fétido e aparentemente em estado de coma, consegui pegar o ônibus das 8h40 e ir direto pra Faculdade.
apresentei meu trabalho exalando o cheiro da noite pelos poros.

na hora do almoço, quem disse que eu tinha fome? eu tinha era sede!
continuei tomando uma cervejinha até dar a hora de trabalhar no sebo.
de pileque e anestesiado.

fiz as pazes com Cronos.

fechei o sebo, fui ver o Takara dar workshop de bateria, apesar de achar que o Takara Tavakaro.
paguei 10zão pra entrar.
me cobraram 4 reais em uma lata de cerveja quente.

gente bonita, gente alegre, gente animada. uhuuu
gyn teen people.

foi bom ver o destoar.
enquanto eu vinha de uma sequência de desencontros, as pessoas se enfeitaram todas pra se encontrar naquele lugar, na Ilha da vaidade.

vi muita coisa, inclusive, o que não queria ver, mas me diverti bastante.
dancei legal!

trombei com o Ricardo Kolomi, meu amigo perverso, encostamos num canto e ficamos relembrando e contando nossas histórias engraçadas.

Thg. Dantas me resgatou.
cheguei em casa amanhecendo.
precisei cantar meu mantra pra dormir.

o cheiro da noite exalando pelos poros.
a camisa cheia de rastros.
quando acordei estava num pesque-pague.

pesquei um peixe transparente.
















domingo, 27 de janeiro de 2013

talento? que autor disse isso?

começo detalhado
término balançado

são dias de sede

duram horas


dura, oras


conversa mole

beleza
moleza!

acorda na carroceria de num sei quem

sai andando 

apresenta o trabalho 

trabalha

continua a sequência

cai no rock 

levanta

enrosca

desliza

mirou a estrela da noite 

acertou o patinador


já é dia 
perdi minhas chaves