segunda-feira, 11 de março de 2013

sequência de desencontros marcados





as minúcias ficam por conta da memória tardia.
difícil lembrar bem de quando começou.

teve a ligação do Pedrão Queridão.
chamei ele pra conhecer o sebo onde trabalho.
ficamos lá a tarde toda ensebando, conversando potocas sebosas enquanto ouvíamos músicas sebosas dos anos 90.
desde quando mudou pra Peixe não nos encontrávamos.
fazia dois meses que a gente não se via.
estava afim de presenteá-lo com aquele livro que fala das origens de Roma, ou de quem vai até Roma sem boca.

depois de ensebado, fomos pro Etnias.
lá, um clima bom de água corrente artificial, som ambiente, muito verde, cerveja gelada e comida sem gordura.

teve a ligação da Margot.
fomos pro Glória.

atendemos ao chamado com o coração na boca.

no Glória, encontrei Lilith, vulga skinhead violence.
chapamos.
entre vários chopps, cachaças e cigarros, Lilith propôs que fôssemos num show do cara que toca banjo.
saímos em fila de carros.
lilith na frente, Margot atrás, Pedrão e eu no fim da fila.
nos perdemos delas.
o som dentro do carro estava no talo, Lou Reed, #fly, #fly away.

a Margot ligou pra gente, parecia meio grilada com a situação.
conseguimos nos encontrar novamente depois de algum tempo.
o show já havia terminado.

a Margot começou a discutir.
o vidro da porta do motorista quebrou em mil pedaços.
Pedrão Perdidão, a Margot continuou grilada.
deixei os dois lá batendo aquela DR, e fui com Lilith prum bar chamado The Piper at the Gates of Dawn.

nesse lugar, esqueci de todos os meus fustigamentos.
estavam presentes na mesma mesa, Cretina Volpato - cantora lírica, Romeno Silvério - maestro da orquestra abstrata, Lilith e eu.
acho que tinha mais alguém, não me lembro, talvez fosse o encosto - da cadeira.

pedi uma rodada de tequila pra todo mundo do bar.
todo mundo do bar se concentrava na nossa mesa.

aqui, é quando me recordo da luxúria de Lilith.
reluzente, envolvente, atraente, contundente, enfim...
uma verdadeira serpente.

deu o bote, tomou o capote.
chapei de acordo.
dentre as trocas de ideias, sobraram farpas carinhosas pra todo lado.

na hora de ir, embora embriagado, fétido e aparentemente em estado de coma, consegui pegar o ônibus das 8h40 e ir direto pra Faculdade.
apresentei meu trabalho exalando o cheiro da noite pelos poros.

na hora do almoço, quem disse que eu tinha fome? eu tinha era sede!
continuei tomando uma cervejinha até dar a hora de trabalhar no sebo.
de pileque e anestesiado.

fiz as pazes com Cronos.

fechei o sebo, fui ver o Takara dar workshop de bateria, apesar de achar que o Takara Tavakaro.
paguei 10zão pra entrar.
me cobraram 4 reais em uma lata de cerveja quente.

gente bonita, gente alegre, gente animada. uhuuu
gyn teen people.

foi bom ver o destoar.
enquanto eu vinha de uma sequência de desencontros, as pessoas se enfeitaram todas pra se encontrar naquele lugar, na Ilha da vaidade.

vi muita coisa, inclusive, o que não queria ver, mas me diverti bastante.
dancei legal!

trombei com o Ricardo Kolomi, meu amigo perverso, encostamos num canto e ficamos relembrando e contando nossas histórias engraçadas.

Thg. Dantas me resgatou.
cheguei em casa amanhecendo.
precisei cantar meu mantra pra dormir.

o cheiro da noite exalando pelos poros.
a camisa cheia de rastros.
quando acordei estava num pesque-pague.

pesquei um peixe transparente.